A casa do seu Nenéu, o velho que
socorreu Luiz Bolinha, era muito simples e o seu dono generoso por
demais. A casa era humilde e limpa. O banheiro era digno de elogios. O
lençol que recebeu para cobrir o colchonete cheirava a flor e a colcha
tinha o perfume da bondade. Isso sem contar com o sorriso franco e
generoso como nunca viu igual. Depois de uma boa chuveirada o
visitante se deitou no colchonete ao longo do corredor atrapalhando
quem precisasse passar ali. Então cerrou seus olhos e dormiu. Dormiu
até que os gemidos no quarto em frente o acordaram. Bolinha ficou sem
saber o que fazer. Estava muito cansado, pingando de sono e mesmo não
se
esquecendo de que estava de favor na casa de um desconhecido que o
recebeu como
a um parente, um amigo, Luiz Bolinha se encheu de curiosidade. A cama
no quarto ao lado fazia barulho e os gemidos
que acordaram Bolinha, eram de mulher. Uma dúvida, porém, baratinou
Luiz; como
aquele velho doente, até agora a pouco, conseguia tal façanha? Que tipo
de mulher
seria aquela que transformava um velho asmático num macho, garanhão?
Bolinha cobriu a cabeça com o travesseiro, mas quando pensou que podia dormir, um grito agudo o pôs de pé. Agora Luiz, esquecendo-se do respeito e da gratidão, do sono e do cansaço, procurou saber o que acontecia por detrás daquela porta. A voz era de homem que romântico pedia a mulher que o permitisse fazer com ela alguma coisa que o mascate não ficou sabendo. Curioso, Luiz Bolinha tentou olhar através da fechadura, mas nada viu. Um suspiro mais profundo precedeu ao silêncio e mais tarde os gemidos foram substituídos por roncos que começaram no quarto ao lado de onde tais sussurros tiveram início para mais tarde retumbavam na casa inteira.
Bolinha cobriu a cabeça com o travesseiro, mas quando pensou que podia dormir, um grito agudo o pôs de pé. Agora Luiz, esquecendo-se do respeito e da gratidão, do sono e do cansaço, procurou saber o que acontecia por detrás daquela porta. A voz era de homem que romântico pedia a mulher que o permitisse fazer com ela alguma coisa que o mascate não ficou sabendo. Curioso, Luiz Bolinha tentou olhar através da fechadura, mas nada viu. Um suspiro mais profundo precedeu ao silêncio e mais tarde os gemidos foram substituídos por roncos que começaram no quarto ao lado de onde tais sussurros tiveram início para mais tarde retumbavam na casa inteira.
Retirado do blogger: Palhaço Poeta e escrevinhado por Silvio Afonso.
Ei!relendo e deixando beijos meus.
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